Quando alguém se depara com o câncer, a primeira pergunta que vem a mente é: esse câncer tem cura? A pergunta é um pouco mais complexa do que parece, já que na conta entram diversos fatores como: o local atingido, o estágio em que o tumor se encontra, o tipo de tumor, estado geral de saúde do indivíduo, sua idade e etc.
Por isso, responder a esta pergunta de pronto seria irresponsável da minha parte, e provavelmente uma resposta “errada”. Por isso, temos estimativas, baseadas em muito estudo desenvolvimento da ciência. Continue acompanhando a leitura para entender mais sobre o câncer de rim e suas expectativas de cura.
O câncer de rim
O rim é o órgão responsável por filtrar as substâncias que estão no sangue e levá-las a serem eliminadas pela urina.
O câncer de rim representa 3% das doenças malignas em adultos, sendo o terceiro mais frequente do aparelho geniturinário. O tipo de câncer mais encontrado nos rins é o câncer renal das células claras, responsável por mais de 90% dos tumores diagnosticados.
Normalmente esse tipo de câncer acomete pessoas entre 50 e 70 anos de idade, em sua maioria homens e com uma predisposição para pessoas de pele negra ou parda. A relação de fatores de risco para o câncer de rim são diversas, entre elas estão: obesidade, tabagismo, hipertensão, predisposição genética (histórico familiar), Doença de Von Hippel-Lindau e diálise.
O diagnóstico normalmente é feito através de ultrassonografia no abdômen, mas dores na lateral das costas, sangramento na urina e uma massa abdominal palpável também podem ser sintomas do câncer de rim. Muitos casos acabam sendo descobertos somente quando já estão em metástase e alguns sintomas acabam sendo sentidos mais em relação ao tumor em metástase (pulmão, estômago ou pâncreas) do que propriamente no rim.
Tratamento do câncer de rim
O câncer de rim, diferente de outras localidades, não responde bem a tratamentos comuns como quimioterapia e radioterapia. Por isso a melhor, e praticamente única, opção que resta ao paciente acometido pelo câncer de rim é a cirurgia. Nela ainda há duas opções: a nefrectomia radical e a nefrectomia parcial.
Nefrectomia radical – Aqui acontece a retirada total do rim, seus revestimentos, glândula adrenal e linfonodos regionais. Esse tipo de tratamento ainda é o mais tradicional para o câncer de rim.
Nefrectomia parcial – Com a medicina avançando cada vez mais, os tumores começaram a ser descobertos em estágios iniciais. Isso aliado ao avanço nos processos cirúrgicos, permitiu aos pacientes que sofrem com o câncer de rim uma possibilidade de não precisar retirar todo o órgão. A nefrectomia parcial permite a retirada apenas do tumor e de uma área de segurança. É indicada principalmente para tumores com tamanho menor a 4 cm de diâmetro, mas podendo ser feita em tumores maiores, dependendo da região em que estiver alojado.
Outro processo que pode ser utilizado para a cirurgia de câncer de rim é a nefrectomia radical laparoscópica que oferece os mesmos resultados da cirurgia convencional, porém sendo menos invasiva.
Câncer de rim e taxa de sobrevivência
A taxa de sobrevivência relativa ao câncer de rim, tende a variar conforme seu estágio. Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência de pacientes com estágio I do câncer chega a mais de 80% dos casos. Estágios II e III ainda têm uma taxa de sobrevivência bastante satisfatória com 74% e 53% respectivamente. Já o último estágio, o IV, tem uma taxa menor, chegando próximo dos 10%.
A melhor forma de se prevenir o câncer de rim é ter um acompanhamento constante de um urologista, fazendo exames e consultas regularmente.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Goiânia!