Mesmo com avanços tecnológicos, do estilo de vida e da medicina em geral, algumas doenças continuam a tirar a paz da população. Entre os diagnósticos mais temidos de todos está o câncer. A formação de tumores que se espalham pelo corpo é algo que causa muitos traumas ao organismo e a todos os envolvidos.
O câncer de próstata, nosso assunto de hoje, afeta mais de 2 milhões de homens no Brasil. Ele é a neoplasia sólida mais comum e a segunda maior causa de óbito oncológico, entre os homens. Apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença. Isso se dá também porque aproximadamente 20% dos casos ainda são diagnosticados em estágios avançados.
A origem do câncer de próstata
A próstata é uma glândula exócrina responsável por duas funções importantíssimas: o fluido alcalino para garantir um maior tempo de vida ao espermatozoide dentro da vagina e a sua preservação, garantindo sua sobrevivência.
A origem do câncer de próstata é muito incerta. Até a década de 70 haviam pouquíssimos casos registrados, principalmente porque o diagnóstico era feito de maneira tardia, apenas quando havia sangramento, dificuldade de urinar ou dores na região. E isso ocorria em homens mais velho e já portadores de doenças mais graves.
Na década de 90, com o advento do exame de toque retal e o exame de sangue PSA, se tornou possível diagnosticar o câncer de próstata ainda em seu estágio inicial.
Fatores como histórico familiar e idade avançada podem contribuir para o surgimento do câncer de próstata. Porém, apesar de serem coisas sob as quais não temos controle, existem algumas mudanças no estilo de vida que podemos fazer para evitar a doença ou identificá-la o mais cedo possível.
Formas de evitar o problema
Alimentação balanceada e atividades físicas
Apesar de não estar diretamente relacionado ao câncer de próstata, a manutenção da saúde é essencial na prevenção de doenças. Pessoas que mantém uma alimentação rica, com variedade em verduras e frutas, praticam atividades físicas regularmente e mantêm o peso ideal reduzem as chances, relacionadas a fatores ambientais, de desenvolvimento de cânceres.
Medicamentos
Não há nada cientificamente comprovado que ateste que o uso de inibidores 5-alfa redutase, aspirinas ou outros medicamentos reduzam, de fato, o risco de câncer de próstata. Porém algumas pesquisas se mostraram favoráveis com relação ao seu uso. De toda forma, a melhor maneira é consultar o seu médico de confiança, ele irá te prescrever, ou não, de acordo com o seu caso. A automedicação é perigosa e altamente contraindicada.
Exame de toque e exame PSA
Dentro todas as formas de prevenção e acompanhamento, esta é a mais eficaz. O exame de toque retal é simples e indolor, apesar de todo o estigma que sofre entre os homens. Por causa disso, cerca de 50% dos homens acima de 40 anos de idade nunca o fizeram.
No exame de toque, o médico urologista verifica o tamanho da próstata e se há presença de tumores que possam ser sentidos pelo toque. Já o exame PSA é um exame de sangue que detecta possíveis alterações relacionadas à próstata. O PSA é uma substância produzida pela próstata e quando há aumento da sua quantidade no sangue, é um indício da presença do câncer.
Tanto o exame de toque retal, quanto o de PSA devem ser feitos anualmente. Eles não substituem um ao outro e devem ser feitos de maneira a complementar. O câncer de próstata, por muitas vezes, é lento em seu crescimento e no começo pode ser totalmente assintomático. Por isso, esse controle é importante, evitando que o diagnóstico só seja feito quando o problema já está avançado. Essa medida é primordial para que a saúde da sua próstata esteja em dia. Cuide-se e vá regularmente ao urologista.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Goiânia!